Há um ano atrás, um livro sobre o doido Mozart mudava de mãos, nos 42 anos do Jo-Sé. Era um segundo início de outras ideias "doidas" que o Jo-Sé andava a trocar comigo e com muitos dos seus amigos. O futuro era (e é) gigantesco.
Lembro-me do Tiago falar dos acessos ultrarápidos e dos megapixels do novo telemóvel. Lembro-me do Alexandre anunciar que já tinha 3147 músicas no IPOD. Lembro-me do livro do Mercedes do Pedro Costa. Lembro-me do bolo. Lembro-me do riso da IVA p´ró sorriso do Jo-Sé, que congelei, mais uma vez, nos tais 5 megapixels.
O problema é que me lembro de tudo, sempro que me lembro de nada.
Estamos a trabalhar (eu e alguns dos seus amigos) numa "coisa", tipo inquietação pura, tipo emoção dorida, tipo stress de enganos. Chamamos à dita "coisa" HOMENAGEM AO ZÉ, se possível quando chegar a próxima Primavera".
Queremos um livro, um documentário, uma festa musical. As peças juntam-se, as boas vontades acumulam-se e a "coisa" até se deseja (e será!) feliz nos resultados.
Mas e o Jo-Sé ? Por onde anda, por onde para?
É tudo tão estranho...e tão simples. Hoje faria 43 anos.... e será que sabemos porque cada um de nós quer lembrá-lo?
Em função de que futuro(s) ? Em função de que amizade(s) ?. Em função de que sonho(s) ?
Raul Reis