07 junho 2006

abracoaozemarinho

Meu caro Zé Marinho,

Apanhaste-me fora do país e resolveste partir também. Só que eu agora voltei e tu continuas lá por fora. Fazes-me falta, a mim e a tanta gente, mas as coisas são mesmo assim.

Uns dias antes da nossa partida – a minha temporária, a tua, ao que parece, definitiva – foste comigo ver o Paul Anka ao Casino. Durante o jantar falámos da fragilidade dos artistas em geral, e dos músicos em particular. Claro que não era sobre a componente física que conversávamos, mas acabas de demonstrar que afinal a nossa fragilidade ainda é maior do que aquela em que nos pusemos de acordo.

Até um dia destes meu querido Zé.

 

Pedro Osório